Se você lê essa sinopse, claramente pensa que “Te Peguei!” é um filme absurdamente ridículo e infantil. E por mais que seja isso mesmo, a ideia em si do porquê criaram esta brincadeira é de fato, tocante. Vamos lá, a história gira em torno de cinco amigos que estão juntos desde crianças, e para manter as amizades para sempre, brincam até hoje, acredite se quiser, de ‘pega-pega’. É cômico e inacreditável para ser verdade, mais é, tanto que este filme é baseado em uma história real. Os cinco amigos vivem em cidades diferentes, mesmo assim continuam brincando. E o interessante é que você não espera ser pego, em qualquer ocasião o outro vai lá e pega o outro, seja um churrasco, uma festa de família ou até mesmo em um banheiro.

 

Mas um deles leva a fama de ser o melhor na brincadeira, que é Jerry Pierce (Jeremy Renner). Ele nunca foi pego e levou a brincadeira em outro nível. Quando estilo ‘Rambo’, sabe fugir como ninguém, criando armadilha para os demais. E a maneira como o longa mostra o nível de comprometimento para tentar pegar o outro é hilária, se não fosse mentira. Eles não deixam essa ideia esfriar, e pelo longa vemos que o mais comprometido com isso é  Hogan Malloy (Ed Helms). Ele, pelo que vemos no filme, é o que mais se esforça para juntar os amigos, afim de um único propósito, que é tentar pegar, Jerry. E qualquer ocasião é válida, mas como o amigo invicto deles está prestes a se casar, eles fazem uma trégua, e aos longo dos anos criaram até um ‘livro de regras’.

 

O longa é absurdamente feito para ser um piada sem dó. Tem momentos que o humor é ótimo, mas em outros as falas fracas de Kevin Sable (Hannibal Buress) acabam desanimando total, pois o mesmo é visto somente como um alívio cômico, como se o filme precisasse disso. Rebecca Crosby (Annabelle Wallis) é uma repórter que anda junto com eles, pois achou a história interessante a ponto de contá-la futuramente. As piadas em certos momentos são muito forçadas, não dando esforço nenhum para agradar, só se jogam na sua cara. A direção é bem feitinha, mas nada além disso.

O que acaba deixando carente esse gênero de filme é a falta de diálogos inteligentes. Lembrando que um filme de comédia, não precisa ser estúpido para ser engraçado. Em alguns momentos usa-se cenas de acidentes para gerar risos. O que pode funcionar algumas vezes, mas é uma fórmula rápida de agrado. O que realmente irá te seduzir será o enredo inteligente, coisa que não vemos por aqui. Essa adaptação teve de ser feita com algumas ideias cinematográficas, afim de agradar quem o assista. Um exemplo disso são as cenas onde Jerry visualiza seus amigos em câmera lenta se aproximando dele, e o mesmo faz os cálculos rápidos de como irá fugir.

Como um filme para se ver uma vez só, está bem. E apesar de parecer algo extremamente ridículo, o que sempre faz o homem acabar sendo mais infantil que a mulher é isto, a capacidade de nunca crescer totalmente. É como se um menino estivesse ali, como se uma parte nunca fosse crescer. E a ideia de fazer esta brincadeira para não perder os amigos ao longo do tempo, é uma maneira boba mais bonita até, de nunca perder os laços com aqueles que você considera especial em sua vida.


 

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