O começo de seu fim: A história de uma vida

Em sua última jornada, “Orphan Black” entrega em seus primeiros cinco episódios um conto com grandes mitologias, grandes acontecimentos mas um surpreendente ritmo lento, mas que, ao final muda totalmente de energia.

Iniciando sua última temporada exatamente onde a anterior havia acabado, a série busca por iniciar seus últimos episódios em uma história sobre encontrar o seu verdadeiro ser, mesmo que isso seja tratado da forma mais biológica e genética possível. Tendo seu início com Sarah tentando fugir da ilha, a temporada lida com as mais consequências do descobrimento da existência da ilha e de seus muitos fatores.

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A ilha, mais conhecida como Revival, é um local de estudos genéticos feitos pelos seguidores da neovolução onde todos que ali habitam busca por curar de suas doenças e por uma suposta fonte da juventude. Com a existência da ilha, todos os olhos se voltam para as clones Leda, e os muitos estudos que precisam ser feitos para ser criada mais uma linhagem de clones, não importando o modo como isso seja feito, e utilizando primeiramente Kira como objeto de estudo e assim afetando muito a vida de todas as clones por conta do grande afeto pela criança.

Ao longo da temporada, mais sub tramas são criadas e impostas, a fuga de Helena, a busca por seu propósito de Alison, a necessidade do poder de Rachel, e a busca pela verdade de Sarah e Cosima. Essas histórias, essas tramas nos fazem embarcar nessa jornada final de cabeça, com episódios até agora mantendo certo cuidado e com ritmo mais lento, sem perder é claro, o encanto. O que parece estar acontecendo é o fato de que a história está tentando se posicionar e colocar seus pés no chão, para que realmente os momentos finais da mesma possam nos surpreender com sua sempre incrível magia televisiva.

O roteiro atingiu e busca outros rumos nessa temporadas, com episódios mais focados em certas clones e com histórias muito pessoais sobre cada uma delas, como se uma forma de criar profundidade nessas tão complexas mulheres, mas isso se tornou uma jogada muito vitoriosa, pois com uma execução bem feita a séria acabou por nos presentear ótimos episódios, com grande estudos sobre humanidade, o que é ser humano e o quanto é difícil de se achar em um mundo tão grande como esse.

Esse estudo por si só já garante ótimos momentos, com grandes reflexões perante a existência do ser na sociedade e uma grande conclusão sobre o seu lugar no mundo, com todas essas pessoas tentando encontrar o seu apesar de tudo, e tentando ao máximo se encontrar dentro de toda essa bagunça chamada civilização. Essa busca pelo seu ser é o que torna tão bonita e tão profunda essa viagem que é a quinta temporada, elas estão todas atrás daquilo que algum dia já foram ou que nunca foram mas deveriam ser, elas lutam para serem elas mesmas, apesar de toda a relutância externa, e essa procura acontece através de momentos incríveis, cenas impressionantes, e grande diálogos feitos por personagens perfeitamente estruturados.

Com uma direções e fotografias impressionantes a série continua por encantar com seu visual moderno e muito estiloso, sempre com muitas luzes e cores vibrantes, remetendo ao clássico estilo visual de ficções científicas. E a maior de todas as qualidades da série se encontra em seu elenco, liderado pela sempre brilhante e sempre impressionante Tatiana Maslany, que consegue interpretar as mais diferentes mulheres com as mais críveis singularidades e individualidades, elas são únicas, elas existem e são reais, existe credibildade dentro delas e tudo isso graças as performance de Maslany.

As diferentes nuances dessas mulheres apenas engrandecem esse trabalho, todas suas peculiaridades são mostradas, fraquezas, forças, dores, felicidades e tudo, não existem momento guardados, em “Orphan Black” tudo se mostra, não importando o quão pesado possa parecer, e a atuação de Tatiana Maslany consegue entregar o peso do roteiro em todas as cenas em que ela aparece em cena, realmente uma das maiores performances da história da televisão . O resto do elenco coadjuvante apenas engrandece o brilhante roteiro e eterniza os momentos da série, sempre ajudando a contar a história da melhor maneira possível.

Com todos os atributos de uma grande série, “Orphan Black” continua, em sua quinta temporada, a ser uma das mais brilhantes e bem pensadas séries, com mais profundos e inteligentes estudos sobre o ser humano e sua existência, sobre inúmeros questionamento mundanos e é claro sobre o espaço da mulher nesse tão imenso mundo, sua presença e a alteração que a mesma causa na atual sociedade. Um roteiro bem escrito com grandes momentos e brilhantes personagens, esses interpretados com maestria por incríveis atores sob o comando de grandes diretores. Uma grande série, e um grande começo do seu final.

9/10: Ótimo!

O que você achou da temporada de “Orphan Black” até agora, comente sua opinião!

Espero que tenham gostado e que continuem a acompanhar as críticas e matérias sobre filmes e séries aqui no CineOrna.

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