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Funerais de familiares, que cenário propício para começar a “lavar roupa suja” com os parentes, ainda mais quando o que está em discussão é a herança milionária do pai falecido. De um lado, a superficialmente correta Terry (Amy Poehler), e vindo da cidade grande, junto com o tarado e âncora de telejornal Steve Dallas (Owen Wilson), o chapado e barbudo Benjamin Baker (Zach Galifianakis). Se há um caminho para momentos muito engraçados culminando para uma redenção, eis que “Para o Que Der e Vier” opta por uma entediante trajetória.

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Uma fotografia ensolarada, cores quentes, trilha country, atores conhecidos por trabalhos em comédias. Era de se esperar uma narrativa cômica, mas as risadas surgem apenas quando personagens trocam ironias ou fazem alguma ação que tenta ser divertida. Contudo, Matthew Weiner tenta criar uma trama muito mais profunda, mas fica entre reflexões e metáforas superficiais, tornando Ben um cara desleixado, mas que quer sair de sua zona de conforto mesmo não tendo um caminho claro para isso. Terry tenta se estabelecer no modelo de família tradicional, porém não tem filhos e fuma escondida no banheiro, chegando a se preocupar mais com a existência de sua madrasta (Laura Ramsey), décadas mais nova do que seu falecido pai e toda ligada a natureza, com as curvas do corpo tão delineadas que acabam criando um triângulo amoroso na fazenda.

CineOrna | Para o Que Der e Vier

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Sendo criador da série “Mad Men”, ao que dá para entender, “Para o Que Der e Vier” tem ares de um esboço de seriado, tomando caminhos bastante inesperados durante seus atos e frustrando, novamente, quem espera por sequências divertidas, desperdiçando o potencial que a dupla Wilson e Galifianakis apresentaram ainda no início do filme. Como se não fosse o bastante em trazer uma história gradativamente aborrecível, embora contenha um ou outro momento para uma reflexão considerável (a gravação do plantão sobre uma tempestade é uma boa crítica ao jornalismo tendencioso), Weiner apela para uma discussão sobre comer carne e derrubar uma árvore apenas para ver a “gostosa” do prédio do outro lado da rua, indicando uma transcendência que só é obtida por meios ecologicamente incorretos.

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