Baseado no romance de Nicola Yoon, autora de “Tudo e Todas as Coisas”, o filme “O Sol Também é Uma Estrela” conta uma história muito mais real e humana. Apesar de um roteiro simples, o filme tem um fundo de cena extremamente importante.

A história gira em torno de Natasha (Yara Shahidi) e seu última dia nos Estados Unidos. Ela passou 10 anos em Nova York com a família, mas como são jamaicanos, serão obrigados a voltar para a Jamaica por não serem cidadãos americanos nem terem o visto de moradia.

Em paralelo à história de Natasha, conhecemos Daniel (Charles Melton). Ele é a primeira geração americana da família sul-coreana. Ele e o irmão mais velho nasceram nos Estados Unidos, mas a família veio toda da Coréia para conseguir uma vida melhor no país. Daniel então carrega o peso de ser o primeiro da família a ter a oportunidade de fazer uma faculdade e nesse dia, tentará uma boa indicação para cursar medicina.

Mas quando Daniel vê Natasha, ele fica aficionado por ela, pois entende que o encontro deles é uma obra do destino que deve ser realizada.  Então eles acabam passando o dia todo juntos em uma data que é tão importante para cada um deles.

Esse é o tipo de romance de um dia só. Todo o filme se passa em menos de 48 horas, então algumas situações de romance e amor envolvidas na história acabam forçando um pouco a barra. Mesmo assim, eles conseguem montar situações muito boas que mostram um romance adolescente. Mostra como jovens podem se envolver, de maneira tão natural e rápida, se se abrirem para o desconhecido e serem verdadeiros com os outros e com eles mesmos.

Mas o melhor desse filme é que ele é menos um filme de romance e mais um filme sobre imigração e a diversidade cultural dos países. “O Sol Também é uma Estrela” mostra como culturas e pessoas de diversos países são parte dos Estados Unidos. Que o país é só o que ele é hoje graças a imigrantes, que foram aos EUA buscar uma nova oportunidade e uma vida melhor para suas famílias e filhos.

Em “O Sol Também é uma Estrela” não há um único ator ou atriz branco e isso é incrível. Mostra como filmes podem sim ter uma grande diversidade racional e que, para se ter um bom filme, não é necessário um ator caucasiano. Todo o elenco é composto por negros, asiáticos e latinos e isso intensifica ainda mais a diversidade cultural americana. Além disso, a maioria dos personagens tem algum tipo de sotaque, proveniente de sua língua materna, trazendo mais identificação cultural para aquele personagem e sua história.

O filme ainda conta com uma fotografia muito bonita, feita por Autumn Durald, que retrata muito bem a grandiosidade, diversidade e a beleza de Nova York. Já a trilha sonora conta com músicas que representam ambas as culturas foco do filme e um pouco de pop americano. Também foi inserido sonorização de fundo dos ambientes em que os personagens se encontram, trazendo a sensação de estar no mesmo local que eles. A união da fotografia com a trilha sonora, feita por Herdís Stefánsdóttir, constrói um filme divertido, amoroso e com certa nostalgia.

O Sol Também é uma Estrela” pode não ser um filme emocionante, mas com certeza é um filme que é exemplo de diversidade com um tema tão importante como é a imigração hoje.

 

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