Originários de um jogo do PlayStation que fez sucesso a partir de 2005, Ratchet e Clank agora fazem parte da animação “Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank” (“Ratchet & Clank“), distribuído no Brasil pela PlayArte Pictures.
O filme é um remake do jogo (que também está voltando para os consoles do PlayStation) e conta a história de Ratchet, um alienígena que foi abandonado quando ainda era pequeno e não tem família (e ainda por cima é o último da sua espécie). Ele vive na galáxia Solana e sonha em ser um herói da galáxia, os famosos Galactic Rangers. Quando seu caminho cruza com o do pequeno Clank, um robô extremamente inteligente e corajoso, Ratchet tem a chance de ajudar a salvar os planetas do vilão Chairman Drek, que está destruindo a galáxia de Solana.
As animações cinematográficas tem o poder de nos surpreender e agrada tanto as crianças quanto os adultos e isso graças aos últimos trabalhos lançados pela Pixar e Disney. Mas esse não é o caso de “Heróis da Galáxia”. Ele traz a velha história da jornada do herói, onde encontramos um personagem que sonha em fazer algo de bom, mas é atrapalhado demais para isso, mas por ser muito corajoso, acaba ajudando a salvar as pessoas.
Na história, após um caso bem sucedido de ajudar um planeta, Ratchet e Clank entram para a equipe dos Galactic Rangers, e os dois acabam trabalhando em setores diferentes. E ai entra mais um pouco do mesmo. A equipe não traz novidade na personalidade de seus membros, que tem como líder um herói egocêntrico, dois ajudantes ‘casca grossa’ que tem como lema ‘atirar primeiro, perguntar depois’ e todos contam com a ajuda de uma nerd inteligente que ninguém ouve direito.
O filme tem uma história bem linear, sem altos e nem baixos o que deixa a desejar, porque a todo momento o espectador acaba esperando por algo a mais que irá fazer a história decolar. Mas tudo isso em vão. Além disso, o roteiro traz piadas e um ar cômico a quase todas as falas do filme com piadinhas e vilões ‘engraçados’ que chegam a dar um ar forçado a algo que poderia ser realmente engraçado, se fosse inserido de forma mais natural.
Em sua versão dublada, o filme tenta trazer piadas para o público brasileiro e inclui expressões como ‘ta tranquilo, ta favorável’, entre tantas outras que causam certo estranhamento no início e podem ser entendidas melhor pelos adultos do que pelas crianças. Aliás, risadas das próprias crianças foi algo que se ouviu pouco na sala do cinema.
Para quem já conhecia os personagens pelo jogo, pode ser uma boa experiência vê-los na tela do cinema, mas o filme não surpreende. É uma história já conhecida, do personagem comum que vira heróis e faz parte de uma equipe que se auto-domina como uma família. Mas no fim, ele não chega a ser ruim, principalmente para as crianças, que podem levar da história algumas lições sobre confiança e amizade.
Saiba mais sobre o filme
Site oficial | “Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank”
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