Se você busca ver a mesma fórmula que deu certo no primeiro filme, você consegue. “Deadpool 2” mantém a mesma ‘frequência’ do primeiro longa de maneira geral, entretanto, no começo do filme eu acreditei que o longa estava forçando demais as piadas, e no decorrer do longa se nota muito isso. Um humor muito empurrado e forçado às vezes, como se tivesse a necessidade de tentar ser engraçado. Se não tivesse focado tanto nisso, provavelmente o “Deadpool 2” teria sido muito melhor. Mas longe de dizer que por causa disso o filme foi ruim, de forma alguma. Na minha opinião este se posiciona melhor que o primeiro, em muitos aspectos vemos um filme mais maduro.

A violência está lá, como no primeiro, mas neste de uma maneira bem mais explícita e sem dó, como se isso fosse uma normal. Os palavrões estão um pouco mais contidos. As cenas com conotação sexual também, (obviamente) estão presentes, mas estão moderadas se você comparar com o primeiro. De qualquer maneira, está longe de ser um filme família (como o próprio longa se propõe brincando com isso). “Deadpool 2” aborda bem mais os riscos que se tem quando um mutante ou herói tem super-poderes. Danos, dores, ossos quebrados e por aí vai, sem contar o fato que ele não se leva a sério nem por um minuto, e se isso ocorre é de maneira extremamente rápida.

Deadpool 2” tem um peso maior por abordar mais, por exemplo, neste aqui vemos outros mutantes, o próprio Colossus (Stefan Kapicic) tem uma participação bem maior, sendo a voz da razão sempre. Negasonic (Brianna Hildebrandé) a mesma, poucas falas e não faz quase nada, só que agora tem uma co-participante ao seu lado, que a mutante Yukio (Shiori Kutsuna), que disparada uns chicotes elétricos. Temos também um dos protagonistas, Firefist (Julian Dennison), um mutante que provavelmente é de nível ômega, pelo seu alto nível de poder e periculosidade. Josh Brolin faz Cable, que ao meu ver é o único personagem sério, e atua muito bem. Temos também uma das minhas favoritas que é Dominó (Zazie Beetz) que entrega um certo carisma por ser também a única mulher em ação no meio de tantos homens. E por último, muitos fãs irão ficar surpreendidos por ver um dos mutantes mais poderosos da franquia aparecer, mas não soltarei spoilers por aqui.

Em suma, a história é bem palpável e as motivações de Cable que atua como o bad guy não são tão descrentes, uma vez entendo o porquê de tudo, você vê que ele ali não é o cara mau. Tudo se encaixa bem a ponto do próprio Deadpool (Ryan Reynolds) ter um papel mais profundo com uma motivação altruísta, o que é bacana, porque no fundo vemos que ele é uma balança de um cara que muitos gostariam de ser, defender os mocinhos mas não tendo dó nenhuma dos caras maus, ou seja,  um perfeito anti herói. Mais um ponto positivo ao meu ver, é que aqui ele se molda muito bem a ponto de explorar melhor a franquia dos mutantes que os próprios filmes dos “X-Men“. Sendo que realmente pode se tornar uma franquia, já que a ideia dos X-Force já foi plantada no trailer. A trilha sonora é bem boa repleto de hip-hop com direito até um tema solo do próprio time deles, que aparecerá no final dos créditos.

Resumindo, “Deadpool 2” é um filme bom? Com certeza é ótimo para seu gênero, não decepciona e tira muitas risadas de um público específico (principalmente nas cenas pós-créditos). Talvez se torne algo enfadonho para os de senso mais crítico, mas de público em geral, com certeza irá agradar. Até porque, devido ao fato do sucesso do primeiro, este era um dos filmes mais aguardados do ano. Assim que, vale a ida ao cinema.

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