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Depois de “Ninfomaníaca” me causar completa indiferença, eu não esperaria absolutamente nada de um filme como “Cinquenta Tons de Cinza“, tanto por ser um filme de estúdio como não mais que um produto comercial qualquer. No entanto, eu devo confessar que guardava certa expectativa pro filme, principalmente depois daquele trailer cafona que rodou o mundo ano passado. Por um momento pensei existir ali uma certa irreverência na maneira como aquilo tudo seria banalizado, mas, infelizmente, não passou de uma esperança efêmera.

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Cinquenta Tons de Cinza” não foge muito das amarras de projeções baseadas em best-sellers (questionavelmente) populares, e, entretanto, seu maior equívoco é pensar que o espectador dá algum valor pro consciente daqueles personagens. Num exercício psicológico bastante conturbado, o filme se mostra ora conservador, ora justificativo, sobre a relação de poder que se estabelece entre o casal protagonista, num confronto que gira em cima dum mesmo ponto (que é um tanto quanto patético): o emocional. Embora a protagonista se mostre mais consciente ao final da projeção, com ela surgem dúvidas que não cessão: as constantes mudanças de personalidade do patético Christian Grey (Jamie Dornan), sua forma de pensar o sexo e o sado; para além do que parecia ser o real interesse do conto: a relação entre dominador x submissa.

CineOrna | Cinquenta Tons de Cinza - FOTO

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Apesar de um conteúdo sexual plausível pra um filme que recebeu classificação 16 anos, ainda é de se pensar como o sexo -e o corpo da mulher- são vistos dentro dessa dinâmica entre a libertação sexual feminina e seu corpo (à parte da mente!) pela diretora Sam Taylor-Johnson. Embora eu pense que o filme jamais teve a pretensão de tratar a temática dessa maneira, como catalisador de uma revolução, é bastante decepcionante ver um material tão fértil prum desenvolvimento narrativo cheio de ambiguidades se desdobrar de maneira tão preguiçosa.

Saiba mais sobre o filme:

Notícias | “Cinquenta Tons de Cinza” recebe classificação 16 anos

Críticas:

Crítica 01 | “Cinquenta Tons de Cinza, por Gabriel Lisboa

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