“Animais Fantásticos e Onde Habitam“, o novo filme do mundo mágico de J.K. Rowling, não decepciona depois de 5 anos de espera.

A história se passa 70 anos antes de “Harry Potter” e nos mostra um mundo bruxo muito diferente, pois está para começar a Segunda Guerra Bruxa. Mas o foco aqui é mostrar o Mundo da Magia dos Estados Unidos e a grande diferença do mundo bruxo inglês já conhecido.

Conhecemos todo esse universo novo acompanhados de Newt Scamander (Eddie Redmayne), um magizoologista inglês que chega em Nova York com uma mala cheia de criaturas mágicas, que ele cuida para estudar e montar um livro para que a comunidade bruxa passe a aceitar e cuidar dessas criaturas. Mas, em um mal-entendido, Newt acaba trocando a mala com Jacob (Dan Fogler), um não-maj (como os americanos chamam quem não tem magia) que sonha em abrir sua própria panificadora. Jacob então acaba libertando alguns animais e é aí que o filme se desenvolve.

Para começar, a caracterização da época está muito boa, tanto nos figurinos, quanto nos cenários. Além disso, aspectos comentados durante conversas no filme retratam um novo estilo de vida americano, que está se adequando a mudanças, como a da Lei Seca.

Mas, o melhor é descobrir toda a magia existente nos Estados Unidos. Começando com a Macusa, o Congresso Mágico dos Estados Unidos da América. Ela tem um estilo semelhante ao Ministério da Magia em Londres, quando se trata de se esconder de não-majs (os não bruxos) em locais famosos e movimentados. Toda a Macusa é brilhante no quesito de itens mágicos para se proteger das vistas de quem não é bruxo (o que é muito importante para eles). E a dimensão do local e seus departamentos mostram um alto escalão bruxo que, aconteça o que for, não vai passar a mão na cabeça de quem descumprir suas regras e expor o mundo bruxo para a comunidade nova yorkina.

Além disso, a magia parece estar mais presente nesse filme. Nos filmes da franquia de “Harry Potter”, tínhamos jovens aprendendo a fazer magia e a se defender. Aqui não, são adultos experientes que usam feitiços de forma natural no dia a dia. Seja para se defender ou para fazer um jantar. E isso fica muito bonito de se ver em todas as cenas.

Agora, os personagens, mesmo que o filme não tenha aprofundado muito suas histórias, estão ótimos. Por causa das fortes características de cada um é fácil entender como eles são, como pensam e vão agir em determinada situação. E o filme ainda traz uma participação muito especial de Jacob, um não-maj que todos os fãs do mundo mágico conseguem se identificar facilmente, pela sua fascinação pela magia. Sem contar que ele é uma ótima parte da comédia no filme.

J.K. Rowling conseguiu acertar na hora de escrever um filme com temas mais pesados e obscuros e ainda trazer comédia para ele. Sem contar que a autora continua focando no que faz de melhor, tratar de temas pouco comentados de forma que podemos entender todo o mal que uma comunidade excludente pode trazer aos jovens.

A direção de David Yates também não deixa a desejar. Yates e David Heyman (produtor-executivo) trabalham a anos com Rowling, então para os dois parece ser fácil unir a imaginação da autora, com a direção e produção feita por eles. Todos os aspectos de objetos e animais estão bem produzidos e os efeitos especiais estão melhores ainda.

Foi um grande retorno do Mundo Mágico aos cinemas, com um filme bem completo e que ainda deixa pequenos sinais que mostram que os próximos quatro filmes da franquia nos farão conhecer ainda mais a história do Mundo Bruxo, para a alegria de todos os fãs!

Não deixe de conferir as novidades do CineOrna através das nossas redes sociais:

Facebook | Twitter | Filmow | G+ | Instagram | Tumblr | Pinterest | YouTube