X-Men: Fênix Negra” fecha a segunda parte da franquia de mutantes de forma esperada. Não é um péssimo filme, mas com certeza, poderiam ter trabalhado melhor na finalização da história.

O arco de “X-Men: Fênix Negra” gira tono em torno de Jean Grey (Sophie Turner) e seus poderes. Jean é uma das poucas mutantes nível 9 do Universo dos X-Men e, por ser tão poderosa, acabou recebendo a Força Fênix, uma entidade cósmica nascida junto com o Universo. Essa entidade aumenta ainda mais os poderes de Jean, tornando-a mais perigosa. Um pouco diferente da história por trás do crescimento dos poderes da personagem em “X-Men 3: O Confronto Final”.
Mas como Jean ainda é muito nova nesse filme, essa luta interna de não saber lidar com seus poderes, com a raiva e as dúvidas que ela carrega, afetam ainda mais a personagem enquanto luta para controlar essa entidade.

Todo o filme se volta para tentar salvar ou matar Jean, enquanto ela destrói os lugares por onde passa, quando a entidade toma conta dos seus poderes e, principalmente de suas emoções. É o roteiro clássico de filme dos X-Men novamente. Mutantes lutando contra mutantes e o Prof. Xavier (James McAvoy) querendo que todos se relacionem bem para que os mutantes possam conviver pacificamente com os humanos. Mas apesar de trazer como base um dos grandes arcos dos quadrinhos, o filme não explora muito a história em si. Fica em um meio termo.

Os pontos positivos sem dúvida são as lutas e os efeitos especiais. Nisso a  Fox não economizou. Todos os efeitos dos poderes de Jean estão excepcionais. Até os pequenos detalhes da destruição que seus poderes causam são mostrados e isso traz uma grandiosidade para as cenas no cinema.

Dessa vez, o filme também buscou nivelar os personagens. O Kurt (Kodi Smit-McPhee), por exemplo, teve uma boa participação nesse filme e conseguiram mostrar muito bem a dimensão de seus poderes e o quão perigoso ele pode ser, quando quer. A Tempestade (Alexandra Shipp) teve uma participação melhor do quem em “X-Men: Apocalipse”, mas ainda assim não conseguiram mostrar todo o poder da personagem. E Scott (Tye Sheridan) teve um papel bem fraco, mas por um lado isso foi positivo, pois não deram a ele um papel amoroso, como o único que poderia salvar Jean de se tornar má. Mas ficou igual a todos os outros secundários do filme.

Já os personagens principais da Primeira Classe, ficaram com papéis de apoio. São importantes para a história e trazem a continuidade da série, mas não os colocam em pedestais. Mesmo o Prof. Xavier é mostrado como uma pessoa que busca o bem, mas que acaba tomando decisões contraditórias no meio do caminho, o que acaba aproximando sua personalidade à de Magneto (Michael Fassbender).

No geral, a melhor parte de “X-Men: Fênix Negra” foi essa igualdade entre os personagens. Mostrando cada um deles com grandes poderes, mas que ainda assim precisam uns dos outros para serem mais fortes. O foco ficou sempre em Jean e nos princípios de Mística (Jennifer Lawrence), trazendo a participação feminina pros holofotes dos X-Men. E apesar de não ser o melhor filme da franquia, ele ficou num meio termo aceitável para essa série de filmes que não trouxe à grandiosidade esperada pelos fãs.


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