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Ok. Estar contaminada pela crítica (ou birra, para ser mais exata) torna um pouco mais difícil a explanação de um tópico quando é preciso ter uma visão mais global da questão e para que a resenha não se torne rasa e desinteressante. De qualquer forma, é nessas horas que descobrimos como a arte de escrever é um exercício de paciência. E é assim que me senti em relação a “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça” (“Batman vs. Superman: Dawn of Justice”): exercitando a minha paciência.

CineOrna | Batman vs Superman - PÔSTER

Não obstante toda propaganda, continuei firme para não ver trailers e correlatos. Não sou a fã número um de quadrinhos, mas as últimas sequências de Batman (“O Cavaleiro das Trevas” – 2008 – e “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” – 2012) me fizeram despertar interesse. E muito disso se deu pela construção do inimigo nesse tipo de história fictícia. E essa espécie de antagonista só se torna memorável quando constrói boas motivações para se opor ao herói, demonstrando nuances entre as esferas do “bem” e do “mal”. Em “Batman vs. Superman“, é criado todo um ânimo para acirrar a rivalidade entre esses dois grandes protagonistas dos quadrinhos, mas sem qualquer justificativa plausível. Ok, Bruce Wayne (Ben Affleck) enxerga uma potencial ameaça para a humanidade no mocinho de Krypton e, assim, inicia uma busca no acervo de Lex Luthor (Jesse Eisenberg) para tentar combater esse “mal”.

CineOrna | Batman V. Superman: Dawn Of Justice

Mas tudo anda tão dessincronizado que chega uma hora que você tem a impressão de que estão jogando acontecimentos atrás de acontecimentos isolados apenas para rechear um filme cujo enredo não se edificou a tempo de ser posteriormente revisado.

CineOrna | Bataman vs Superman - FOTO

Devo dizer que muito disso também pode residir na falta de carisma das interpretações. Resumindo, e poupando alguns comentários mais ácidos sobre Ben Affleck e Henry Cavill (Superman/Clark Kent), Jesse Eisenberg parece um tanto deslocado como  Lex Luthor. Como disse um amigo que me acompanhou na pré-estreia, provavelmente se sairia melhor como Charada. Faltou adicionar um tanto de obscuridade na interpretação do jovem magnata obcecado em destruir o Superman.

Batman V. Superman: Dawn Of Justice

BATMAN V SUPERMAN

As aparições da Mulher Maravilha/Diana Prince (Gal Gadot) e de Alfred (interpretado pelo maravilhoso Jeremy Irons) me pareceram o único sopro de vitalidade durante as pouco mais de 2h30min de filme mostrando músculos definidos, cenhos franzidos e lutas meramente físicas. E, para não ser injusta, poderia incluir Amy Adams no rol de “salvações” de “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça“. Lois Lane tem um papel limitado na trama, mas a atriz consegue cumprir o protocolo de mocinha-apaixonada-pelo-super-herói.

De qualquer forma e sem mais delongas, Zack Snyder (diretor) está de parabéns pelo marketing – e somente por isso.

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