O CineOrna começa hoje uma nova etapa, com a estreia de novos colunistas, e o Cinematopeia tem a grande honra de poder começar tudo isso. [Cinematopeia? Ahn?!] Sim! O Cinematopeia começou a sair do papel no ano passado e trouxe como tema principal do projeto o cinema (claro) e a trilha sonora. A ideia é a gente poder falar de cinema de um ângulo diferente, que poucas pessoas percebem; as músicas e os sons.

Além disso, o Cinematopeia também gosta de perceber e investigar o quanto o cinema procura “imitar” nossas vidas para criar as histórias que vemos nas telonas por aí. Nosso objetivo é sair um pouco da discussão técnica e “sabe tudo” de cinema, para chegar em um cinema mais descompromissado, sem preocupar-se com o que é arte ou não.

Por utilizar basicamente de áudio e a filosofia de mesa de bar para discutir cinema, o Cinematopeia é um podcast semanal que é transmitido ao vivo todos os sábados às 14 horas. Demos um tempo devido alguns problemas técnicos e agora estamos voltando, aproveitando a carona no CineOrna. Você também pode conferir aqui nessa coluna um podcast curto, o Cinematopeia FF>, apresentando o filme tema da semana. Ah! E além de mim (Gustavo), a Karen também vai dar o ar de sua graça por aqui. Semana que vem o texto é dela.

Mas chega de apresentações e vamos ao assunto da semana. Na próxima sexta-feira, 22 de Março, estreia nos cinemas “Os Croods“, a nova animação da DreamWorks. Como bom seguidor da Disney, os filmes da DreamWorks ficam um pouco em segundo plano para mim. Não vi todos os “Madagascar(es)“, nem todos os “Shrek(es)” e muito menos as “Era(s) do(s) Gelo(s)” (sem Dreamworks) por não ter muito interesse nas continuações. Acho até que esse é um dos motivos de tanto desinteresse de minha parte. Enquanto a Disney desenvolve vários temas e poucas sequências, a DreamWorks investe em 3, 4 filmes da mesma franquia.

Os Croods” no entanto, além de não ter continuações (por enquanto), chega em um nível de criatividade muito superior do que os outros. Vemos um tema central super filosófico, mais cores, mais bichos estranhos e engraçadinhos, animação muito mais realista e “efeitos de câmera” mais desenvolvidos, já que não fica no corte e costura usual de um filme e procura utilizar “zoom’s” rápidos e desfoques que dão uma cara e dinâmica diferentes ao filme. A cena inicial, em que a família da caverna caça o café da manhã, é sensacional. Não só pela excelência na direção visual, como no envolvimento da plateia com o “problema”. Em uma sala de cinema super cheia, com pessoas sentadas no chão e muitas crianças dividindo a poltrona com os pais, fiquei surpreso com o nível de concentração de todos.

Concentração que, poucos percebem, não depende apenas de um personagem “bunitchinho” e um monstro correndo atrás. Aqui, exatamente nesse momento, logo no início do filme, a trilha sonora já conquistou um papel só para ela e continuou assim até o final. Fora isso, não dá pra deixar de perceber os elementos sonoros que os próprios personagens do filme adicionam ao roteiro. Situação muito comum em filmes da DreamWorks e Blue Sky Studios. Os ratinhos no “Shrek” e as “lesminhas” (fantásticas!) no “Por Água Abaixo” são exemplos dessa contribuição dos personagens para o filme.

Imagine a seguinte pergunta: “Qual é a sua música para caçar seu café da manhã na idade da pedra?”. Pois é. Pergunta difícil já que naquele tempo, pelo que eu sei, não existia instrumento algum. Mas não foi surpresa descobrir então que o compositor da soundtrack de  “Os Croods” é Alan Silvestri, responsável por outros sucessos como “O Guarda-Costas” (Sim! Aquele com a Whitney Houston), “Forrest Gump“, o primeiro “Missão Impossível” e “Os Vingadores“. 

Alan Silvestri e sua trilha sonora para “Os Croods” com certeza foram importantes, mas não posso deixar de citar a ilustre presença do bicho preguiça “mais menos preguiçoso do mundo” que segurava a calça do seu dono e também contribuiu com a condução sonora do filme. O Braço, como é chamado, além de se expressar por sons que se enquadram naquela categoria “óóuuunn” (de acordo com a plateia), ainda cantava uma vinheta padrão para as horas em que seu dono descobria ou falava alguma coisa impactante. E digo/escrevo mais! O solo de marimba executado pelo preguiçoso também é importante e deixou “Os Croods” muito mais valorizado na concepção sonora. Só para você ter uma ideia, para mim, o nível master de criatividade de som nas animações de cinema é “Wall-E“. Mas esse assunto fica para uma outra oportunidade.

 

 

Os Croods” tem muito mais coisa para falar e muito mais associações para se fazer. Como disse antes, o Cinematopeia não quer só saber dos sons, mas dos temas que ligam nossa vida aos filmes e vice-versa. Por isso o meu próximo post continuará sendo sobre “Os Croods” e vai abordar temas como criatividade, empreendedorismo, preguiça e marimba. Coming soon! See you next (next) week.

 

Tem promoção do filme rolando aqui no CineOrna (AQUI). 

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