Quando o produtor Jerry Bruckheimer deu início à busca para escolher o ator para o papel de John Reid da próxima aventura épica “O Cavaleiro Solitário” (“The Lone Ranger“), ele sabia que iria reconhecer o ator perfeito para interpretar o personagem no instante que o visse. “Eu vi Armie Hammer em “A Rede Social” e disse: ‘ele é simplesmente perfeito para ser o Cavaleiro Solitário’. Ele é alto, bonito e tem um brilho nos olhos. Eu achei que ele seria a escolha mais interessante para o papel, e ele é um ator maravilhoso — é por aí que devemos começar”. Felizmente, o diretor Gore Verbinski concordou e Hammer assinou o contrato para interpretar o lendário homem da lei mascarado.

 

Armie Hammer (A Rede Social, J. Edgar) não hesitou ao revelar o motivo pelo qual interpretar John Reid, codinome Cavaleiro Solitário, em O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger) da Disney acabou sendo tão divertido. “Eu adoro interpretar o Cavaleiro Solitário porque esse é um projeto incrível, com elenco e equipe fabulosos, e todos os envolvidos são os melhores do ramo no que fazem, e é fantástico poder fazer parte de algo assim”.

 

P: O que você gosta no projeto de “O Cavaleiro Solitário” (“The Lone Ranger“)?

R: Não tem muitas coisas que você consiga não adorar. Tem o fato de viajarmos por todo o sudoeste dos EUA. Nós ficamos três meses na estrada em diferentes cidades quase toda semana. Eu tive a oportunidade de trabalhar com Gore Verbinski. Eu pude trabalhar com Johnny [Depp] e Jerry Bruckheimer. A lista das coisas que eu adoro é muito longa. É incrível. É um grande projeto.

 

P: Que impressão teve quando leu o roteiro pela primeira vez?

R: Eu pensei: “Nossa, isso vai ser muito divertido. É um roteiro realmente muito bom”. Depois de ler o roteiro, eu fiz minha própria sondagem sobre o assunto, mas, antes disso, minha única experiência com o Cavaleiro Solitário consistiu de assistir à série na TV com o meu pai e, de repente, ele dizer: “Aiô, Silver!”. Eu pesquiso muito antes de começar um projeto. Eu escutei antigos seriados de rádio e assisti a partes da série de TV que tinha Clayton More como o Cavaleiro Solitário. 

 

P: Como foram as primeiras reuniões com o diretor Gore Verbinski?

R: A princípio era só um teste; eu entrei e li. Depois, eu recebi o convite para ir ao escritório de Gore e nós nos sentamos na varanda, fumamos charutos e falamos sobre o roteiro. E foi isso e depois eu não fui contatado por um bom tempo. Então, recebi uma ligação de Gore, e ele disse: “Você é o cara. Vamos fazer isso”. E eu respondi: “Ótimo. Vamos lá. Vamos nessa”.

 

P: O que você gosta sobre interpretar o Cavaleiro Solitário?

R: Eu gosto de interpretar o Cavaleiro Solitário porque é um projeto incrível, com elenco e equipe incríveis, e todos os envolvidos são os melhores do ramo no que fazem, e é fantástico fazer parte de algo assim.

 

P: Fale um pouco sobre o Acampamento Caubói de que você teve que participar.

R: O Acampamento Caubói foi algo que fizemos logo no início do filme, em que eles basicamente sequestraram todos os atores e os reuniram com um bando de caubóis durante três semanas. Nós montamos cavalos o dia todo, treinamos a colocação e a retirada das selas, trabalhamos com cordas, aprendemos diferentes formas de lançar a corda. Eles estavam realmente tentando nos ensinar a ser caubóis. Foi como um projeto de imersão em que aprendíamos e saíamos fazendo tudo. Basicamente consistia de todos os atores correndo e parecendo crianças de seis anos, todos se divertindo muito.

 

P: Você já tinha montado a cavalo antes?

R: Eu já havia montado antes, mas eu não estava me sentindo muito à vontade com isso. Eu pensava: “Essa coisa pensa por si mesma, e isso me deixa meio nervoso. O que ele vai fazer se vir um coelho?”. Agora estou à vontade com o cavalo. Eu realmente não tinha escolha. No Acampamento Caubói eles põem você em cima de um cavalo e dizem: “Cavalgue”. Nós andávamos uns 16 quilômetros em uma direção e depois virávamos e voltávamos, e então treinávamos parar o cavalo e desmontar rapidamente. Foi divertido.

 

P: Você chegou a aprender a empinar um cavalo de verdade, não é?

R: Eu realmente aprendi a empinar o cavalo, e posso afirmar que não seria capaz de fazer algo assim se não fosse pelo Acampamento Caubói. É muito contraintuitivo fazer o cavalo empinar porque parece que você vai cair de costas, mas na realidade você tem que jogar todo o peso do seu corpo para frente porque o cavalo sabe onde fica o ponto crítico dele. Ele sabe que pode subir até um certo ponto antes de cair para trás. Se você se inclinar para trás e jogar o seu peso para trás, o cavalo cairá sobre você. Então, quando ele sobe, você tem que se inclinar para frente o máximo que puder e tentar chegar o mais perto do pescoço dele sem deixar a parte de trás da cabeça do cavalo encostar no seu rosto. 

 

P: Você gostava de faroestes antes de fazer o filme? 

R: Gostava. Acho que o gênero faroeste é um dos exemplos mais puros da narrativa norte-americana. Não existe faroeste em nenhum outro lugar além dos EUA. É uma espécie de gênero próprio. 

 

P: Em que aspectos “O Cavaleiro Solitário” (“The Lone Ranger“) se destaca dos outros faroestes?

R: Há muitas coisas em “O Cavaleiro Solitário” (“The Lone Ranger“) que o tornam único. A escala do filme é incrível. Temos a ferrovia transcontinental. Temos o conceito do conflito dos índios norte-americanos com o governo. Temos os rangers do Texas. Há tantas coisas neste filme que são historicamente precisas e corretas. É um filme preciso do ponto de vista histórico, mas contado de uma maneira muito nova e divertida. 

 

P: Vamos contextualizar a época. A ferrovia está prestes a unificar o país. Pode nos contar um pouco sobre isso? 

R: É um filme que se passa quando a fronteira está sendo extrapolada para o oeste. Ele foca na industrialização das ferrovias e em seus efeitos sobre os valores do velho mundo e como isso afeta a fronteira e as cercanias. Todas aquelas pessoas estão bem em suas propriedades e não precisam que uma ferrovia as expulse de suas casas para que pessoas possam comer em uma semana ostras da Chesapeake Bay. Esse é um mundo em que se vê o faroeste antigo e o moderno em conflito. É uma boa dualidade, eu acho.

 

P: Fale sobre a família de John Reid e seu legado.

R: O pai de John Reid era um ranger do Texas e seu irmão Dan também. Mas John não nasceu para isso, então seu pai o enviou para o leste para estudar. John volta para casa como advogado e defende os princípios de John Locke, com relação a como o mundo deve funcionar, o igualitarismo e todas essas coisas que não tinham espaço na fronteira. 

 

P: Que tipo de relacionamento têm os dois irmãos?

R: Dan Reid é o filho que o pai deles sempre quis. Ele é durão. Ele tem aquele visual de ranger texano, mas mais embrutecido. Parece que ele foi atropelado por um caminhão. O casaco dele é imundo. Parece que ele passou três semanas longe de casa sem tomar banho. Eu acho que James Badge Dale fez um ótimo trabalho de interpretação. Quando os irmãos interagem você vê o conflito; é um pouco belicoso, típico da rivalidade entre irmãos mais velho e mais moço. Mas nesse ponto eu acho que John está cansado de viver à sombra do irmão. 

 

P: Fale sobre como John Reid e a esposa de Dan, Rebecca Reid, interagem e conte um pouco sobre a história deles.

R: Rebecca e John eram apaixonados na infância e depois John foi embora e ela começou a namorar Dan. Quando John volta para casa, eles estão casados e têm um filho. É estranho para John e talvez seja para Rebecca também. Conforme John vai ficando mais parecido com Dan, Rebecca começa a meio que se apaixonar por ele cada vez mais, e você vê o relacionamento deles evoluir de novo – de um amor de infância a algo um pouco mais sério.

 

P: Fale sobre os vilões em “O Cavaleiro Solitário” (“The Lone Ranger“).

R: Butch Cavendish e Latham Cole são os dois vilões principais do filme. Butch Cavendish, interpretado por William Fichtner, é pura maldade. Ele é como uma cobra. E depois, é claro, tem Tom Wilkinson interpretando Latham Cole, que é suave e refinado, mas perigoso. Ele é um homem mau. Tom faz um ótimo trabalho neste filme.

 

P: Como foi trabalhar em cima dos trens?

R: Eu acho que sou o único ator que realmente gostou de ficar em cima dos trens. Se você está fazendo uma cena e você é aquele cara que só fica olhando para trás, você não vê as curvas e isso é o pior. Se você fica de frente, aí sim é divertido estar sobre o trem. Mas virado para trás é difícil manter a postura e permanecer no personagem quando se pensa: “Eu vou despencar dessa coisa”. Mas foi muito divertido no trem.

 

P: Você fez muitas cenas de ação neste filme. Fale um pouco sobre isso.

R: Tem uma cena em que eu fujo da Red’s, e estou sendo perseguido por uma multidão. Eu assovio e Silver deveria vir correndo até mim. Eu corro, pulo e caio sobre um corrimão, desço escorregando por ele e quando chego embaixo, bato num pedaço de madeira que me lança no ar e eu caio em cima de Silver. Acho que fizemos isso umas 20 vezes antes de conseguir cair sobre o cavalo porque o cavalo saía do lugar.

A cena com a corrente do poste do correio foi outra bem difícil. É onde estamos amarrados e eles nos balançavam em círculo presos ao poste do correio e depois nos traziam de volta. Aquilo foi horrível. Parecia um brinquedo de parque de diversão, e até que poderia ter sido divertido como num parque, mas você está preso com algemas de metal e quando começa a girar, você é lançado para fora, como uma centrífuga, e aí a corrente começa a machucar o pulso. 

 

P: Fale sobre o relacionamento entre o Cavaleiro Solitário e Tonto, e como isso se desenvolve no filme.

R: O relacionamento se desenvolve por conta de uma necessidade extrema, quando o Cavaleiro Solitário fica totalmente incapacitado e é tratado por Tonto até ficar bom. Mas eles também formam uma dupla meio estranha. Eles não poderiam ser mais diferentes. Você tem o Cavaleiro Solitário que só quer saber de justiça e de levar esses caras para o tribunal, e então tem Tonto, que fica dizendo tipo: “Nós matamos eles”. Eles vêm de locais diferentes, mas têm a mesma missão. Então eles meio que estão presos um ao outro. Eles são tudo o que têm. Tonto é um solitário. Ele não tem aldeia. Não tem família. É um pária completo. O Cavaleiro Solitário acaba de perder o irmão e não sabe quem está do seu lado ou contra ele, então é complicado.

 

P: Fale sobre como foi o dia a dia da criação do relacionamento de amizade, a química entre o Cavaleiro Solitário e Tonto.

R: Foi divertido. No início do filme, tem todo o enredo dos rangers, então eu e Johnny não estávamos em todas as cenas. Mas depois foram duas ou três semanas em que nós tínhamos cenas juntos todo dia. E foi quando começamos a estabelecer o ritmo. Assim que pegamos o ritmo, começamos a realmente nos divertir com os dois personagens e com o modo como eles mexem um com o outro. Eu precisei conhecer melhor o personagem Tonto e acho que Johnny também precisou conhecer melhor o personagem do Cavaleiro Solitário porque nós dois sabíamos muito bem como chatear um ao outro. É um bom relacionamento.

 

P: Você mencionou todas as viagens, o acampamento e o encontro com os líderes da Nação Navajo. Como foi isso?

R: Foi ótimo ter a oportunidade de conhecer os líderes da Nação Navajo e foi muito divertido também quando estávamos filmando em Monument Valley. No fim do dia, eu acampava à noite, o que era incrível. A princípio, éramos só eu e uns dois caras do transporte acampando. Com o tempo, mais pessoas começaram a fazer isso também. Alguns dos outros atores começaram a chegar e dormir nos trailers. Gore também dormia no trailer dele.

 

P: Fale sobre trabalhar com Helena Bonham Carter e como sua personagem Red e o Inferno sobre Rodas se encaixam no filme.

R: Helena era uma viagem, uma viagem total. Essa foi a primeira vez que trabalhei com ela — e a primeira vez que a vi. Ela é muito gentil e divertida. Ela gosta de brincar e interpretar, para ela, é apenas um momento de diversão.

Ela passava por todo aquele processo de maquiagem e cabeleireiro e vestia todo figurino antes da hora, muito tempo antes de filmar e passeava pelo set, brincando com os adereços como se estivesse se familiarizando com o cenário, tornando-o seu, divertindo-se, habitando o espaço e curtindo muito aquilo tudo. Ela parecia estar de fato se divertindo.

O cenário do Inferno sobre Rodas era fantástico. Quando construíram o interior do saloon da Red, que foi filmado antes do exterior, eu me lembro de entrar e ver aquele fantástico desenho de cenário e dizer: “Ai, meu Deus. Este lugar é incrível”. Eu adorei. Eu fui até o desenhista de produção Crash McCreery e disse: “Você pode, por favor, fazer a minha próxima festa de aniversário?”.

Então, quando vimos a parte externa, a interna ficou no chinelo. Nós tínhamos uma cena em que Tonto e eu estávamos indo para o Inferno sobre Rodas, indo até a Red’s, passando por todas as tendinhas como num parque. 

Tinha um cara que cuspia fogo numa das tendas e ao lado dele havia uma mulher tatuada. Do outro lado tinha um vendedor de óleo de cobra dizendo: “Compre seu tônico”, e tudo mais. E então tinha umas pessoas com escorpiões na boca em uma tenda e dois coitados baixinhos lutando, um vestido de anjo e o outro de demônio. Era irreal.

 

P: Como foi quando colocou a máscara pela primeira vez? 

R: A primeira vez que eu coloquei a máscara foi na oficina do alfaiate em Burbank. Foi só para um ajuste, então eu não estava muito à vontade. Depois, é claro, trouxeram a máscara certa. A verdadeira se encaixava com perfeição. Era como se tivesse sido moldada a vácuo para se encaixar perfeitamente no meu rosto. Eu me lembro de colocá-la e pensar: “Caramba, isso é demais. Isso realmente vai ser muito legal”.

 

P: E a ação do filme? O que as pessoas verão?

R: É sensacional. Totalmente sensacional. Tem muita ação, muitas cenas de ação excelentes. 

 

P:  Pode nos contar um pouco sobre o clima louco durante a filmagem?

R: Tivemos que adiar a filmagem por causa de nevascas, raios, enchentes e tempestades de areia. Concluir este filme foi um desafio, e eu acho que vai ser possível ver o quanto este filme é épico e a escala de realização para todos os envolvidos.

 

P: Como é o trabalho com o diretor Gore Verbinski?

R: É ótimo. Ele é brilhante. Sua habilidade de resolver problemas é inigualável. Ele não podia ser mais capaz. Ele não podia ser mais profissional ao carregar o fardo sobre os ombros e fazer com que parecesse o menor grande filme que eu já fiz. Para mim, neste filme, graças a ele, só nos preocupamos com as interpretações, as cenas, os personagens e o descobrimento. Não nos preocupamos com o custo de cada dia de filmagem, com que eu teria que começar ou se eu ia ou não estourar com uma coisa ou outra. Não nos preocupamos com nada disso e eu acho que ele fez um ótimo trabalho com essa abordagem. 

 

P: É possível sentir que está fazendo parte de um grande filme de Jerry Bruckheimer?

R: Sim, com certeza. É gigantesco. Jerry chefia um enorme, um gigantesco navio. E você sente isso. 

 

 

O filme chega nos cinemas Brasileiros dia 12 de Julho

[EM BREVE] – Pôsters Nacionais de “O Cavaleiro Solitário

[NOTÍCIAS] – Cartaz e Trailer de “O Cavaleiro Solitário“ 

[EM BREVE] – Vídeos de “O Cavaleiro Solitário

 

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