Finalmente saiu uma adaptação de um dos ícones da nossa cultura: Turma da Mônica. Para os mais velho esse peso é muito maior, pois assim como muitos igual a mim, aprendemos a ler lendo os famigerados gibis do grande Maurício de Souza, um pai para muitas crianças brasileira, de antigamente, de hoje e com certeza de muitas no futuro, pois por mais que que hoje em dia as histórias escritas estão ficando para trás, Maurício sempre dá um jeito de adaptar seu trabalho para agradar a todas as gerações.

A Turma da Mônica foi criada em meados de 1959, por Maurício de Souza, naquela época eram somente tirinhas de jornal, e com o tempo o sucesso foi crescendo e Maurício criou sua própria produtora, criando seus próprios gibis e lançando sempre histórias originais. Ele possui um acervo gigante de personagens, de várias épocas, de vários tipos e mesmo hoje ele continua criando conforme a necessidade. Maurício é uma personalidade tão importante no Brasil, no desenvolvimento de uma criação artística, quadrinhesca, animada que com o tempo acabou desenvolvendo uma amizade com Ozamu Tezuka, que nada mais é que o criador de Astro Boy.

E por fim nesse ano ganhamos uma adaptação live action dessa turminha. O longa é uma adaptação da Graphic Novel, Laços, uma das histórias criadas a partir do ponto de vista de vários artistas. Nesse foi uma história criada a a partir da visão dos irmãos Lu e Vitor Caffagi. A história mostra que o cachorro do Cebolinha (Kevin Vechiatto), o Floquinho foi roubado por um homem misterioso, nisso seus amigos, Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira) juntos a ele resolvem ir atrás desse homem misterioso a fim de recuperar seu cachorro. O final tem uma pequena participação de Rodrigo Santoro, que interpreta o Louco, um personagem que só aparece para o Cebolinha. A interpretação do mesmo é boa para um personagem bem sem sentido.

O longa é nada mais que uma história muito bonita contando a história de amizade de quatro amigos, e faz isso de maneira bem bonita, inocente e nostálgica. O filme é repleto de easter eggs e referências ao mundo criado por Maurício. Até mesmo os atores que interpretam os pais das crianças são bem caricatos, assim como as próprias crianças. Ao meu ver o ator mirim que faz o Cebolinha, Kevin Vechatto, é o que mais entrega, mas a melhor caricatura de estética ficou por conta da Mônica, a pequena Giulia ficou bem parecida.

“Turma da Mônica: Laços” está longe de ser um bom filme, mas entretém qualquer criança e até mesmo os adultos pelo fator nostalgia, acima de tudo.  O filme é dirigido por Daniel Rezende é um filme bonitinho e que merece uma ida ao cinema pelo peso da criação, ainda mais pelo filme não fazer feio não!

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