Eis que vou à pré-estreia de “Os Croods” para conferir qual seria a da DreamWorks dessa vez, após um longo tempo sem acompanhar fielmente as animações que foram lançadas de 2011 pra cá e, adivinhem? Acabei me surpreendendo positivamente! ‘Bora, então, falar um pouco mais desse filme?

 

Os Croods” (“The Croods“) é o primeiro filme da DreamWorks Animation distribuído pela 20th Century Fox após o rompimento com a Paramount Pictures no final de 2012.  O plot narra a vida de uma menina em sua adolescência, Eep, e sua família, no período que mais parece relativo à transição do paleolítico para o mesolítico da pré-história. Grug, o pai, tem as características clichês de um patriarca preocupado em superproteger sua família dos perigos que rondam a caverna, além de estabelecer uma rotina de caça e sobrevivência para os outros membros. É exatamente isso que intriga e chateia Eep, uma garota inquieta que se sente presa ao mundo privado de novas descobertas imposto por seu pai.

Certa noite, Eep se espanta com o movimento ao redor da caverna e decide sair para ver o que é e acaba conhecendo um garoto um tanto quanto moderno para os padrões com os quais está acostumada. Guy é um rapaz cheio de novas ideias e que, a seu modo (bem diferente dos Croods) também luta pela sobrevivência diária. É aí que a aventura realmente começa.

Chris Sanders (conhecido por filmes como “Lilo & Stitch” e “Como Treinar Seu Dragão”), roteirista e diretor do longa-metragem, mais uma vez, acertou na sua criação, pois as paisagens coloridas nada tiveram de extravagantes em um sentido negativo. Pelo contrário, por ser uma animação em 3D, os cenários fantasiosos só enriqueceram o desenrolar da trama, como se pode perceber pela inserção de espécies “híbrido” de animais e pelos ambientes ora desérticos, ora com fauna e flora exuberantes.

Mais um ponto a favor se encontra no cuidado que tiveram com a caracterização das personagens. Ao criar um núcleo familiar, Sanders e Kirk de Micco (também roteirista) atentaram-se tanto para elementos físicos como para o viés cômico e emocional por trás do clã familiar e do agregado Guy. Além do divertidíssimo retrato da bebê troglodita Sandy, da vóvó materna marrenta, do medroso irmão Thunk e da cuidadosa mamãe Ugga, destaque para o “cinto” de Guy, a simpática preguiça Braço, que conquista o espectador desde o início com suas reações espontâneas e teatrais.

Por fim, temos as lições aprendidas com a relação de pai e filha, assim como o fortalecimento de todo o grupo que, mantendo-se unido, passa por diversas atrocidades com bom humor e perseverança. A quebra de paradigma do status de Grug como o macho alfa do bando se mostra mais vantajosa do que traumática para a turma, que enfrenta momentos de perigo e medo em busca do amanhã. A descoberta do fogo e da capacidade de raciocinar além do uso da força física trazem, além de uma retrospectiva histórica, reflexões pessoais de um proveito prático enorme, inclusive para os pequenos.

 

 

Assim, percebemos um filme acessível e envolvente para todas as faixas-etárias, em que o riso flui facilmente sem apelações. “Os Croods” é um marco para essa nova fase da DreamWorks, dando continuidade à genialidade oferecida pelos roteiristas já ovacionados por crítica e público e que, mais uma vez, conseguiram prezar pela originalidade de conteúdo e estética da animação. Sem dúvidas, o filme colherá bons frutos em 2013.

 

FICHA TÉCNICA

Os Croods (The Croods)

Diretor: Chris Sanders, Kirk de Micco

Elenco (vozes de): Nicolas Cage, Ryan Reynolds e Emma Stone (no original).

Produção: Kristine Belson e Jane Hartwell.

Roteiro: Chris Sanders e Kirk de Micco.

Duração: 98 min.

 

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