O diretor Joseph Kosinski estreou seu primeiro longa metragem nos cinemas em 2010, trazendo de volta o clássico dos anos 1980 “Tron” com a continuação “Tron: O Legado“. Em “Oblivion”, ele se joga novamente na ficção científica, dessa vez assinando também o roteiro, e entrega ao público belas paisagens, uma boa dose de efeitos especiais, porém um enredo que deixa a desejar.
 
O ano é 2077 e há 60 anos a Terra foi atacada por alienígenas, causando uma guerra que, apesar dos humanos terem saído vencedores, resultou na destruição completa do planeta. Sem uma atmosfera a qual a população pudesse se reerguer, os sobreviventes agora habitam Titã, uma das Luas de Saturno. É para lá que Jack (Tom Cruise) e sua esposa Victoria (Andrea Riseborough) se dirigirão assim que terminarem seu trabalho na Terra, pelo qual eles tiveram suas memórias apagadas para evitar envolvimentos emocionais. Jack, porém, guarda em si uma nostalgia que atiça sua curiosidade e aumenta a cada dia enquanto ele é obrigado a percorrer a superfície terrestre para consertar drones, máquinas voadoras que funcionam como soldados.
 

 
“Oblivion” se inspira claramente em clássicos do gênero e faz homenagem especial à obra “2001: Uma Odisseia do Espaço“. O filme de Stanley Kubrick pode ser relembrado através da espaçonave descoberta por Jack, nomeada Odyssey, e através dos drones, que possuem uma luz vermelha semelhante ao lendário Hal 9000. Referências como estas mostram que Kosinski procurou realizar uma produção que fosse tão profunda quanto os grandes filmes que o inspiraram. A realidade, porém, é que ele ainda tem um bom caminho a percorrer até conseguir atingir um nível como este.
 
O astro Tom Cruise encabeça o longa e prova mais uma vez ser um cinquentão como poucos, se mantendo firme como herói de ação sem deixar de lado seu charme pontual. Entre as cenas em que o ator, como de costume, fez questão de deixar de lado seus dublês, algumas frases de humor são entregues para quebrar a monotonia da narrativa. Em sua maioria, as piadinhas são ditas para um boneco bobblehead chamado Bob que ele leva em sua nave. Assim como seu boné Yankee, o boneco serve para formar uma pequena ligação entre o saudoso personagem e o mundo em que um dia viveu.
 
As locações espetaculares (em cenas gravadas na Islândia) são o cenário de uma história com imenso potencial e grandes atuações de um elenco que inclui ainda Morgan Freeman, Olga Kurylenko, Melissa Leo e Nikolaj Coster-Waldau. Tudo isso, porém, se perde no meio do caminho por um roteiro que demora a engatar e quando chega a seus momentos empolgantes, já perdeu o interesse do espectador. Não melhor do que os recentes do gênero “Prometheus” e o remake de “O Vingador do Futuro“, “Oblivion” peca em sua pretensão e deixa o espectador ainda por esperar um filme de ficção científica realmente empolgante. Que chegue logo “Star Trek: Além da Escuridão“!
 

Ficou com vontade de assistir “Oblivion”, tem promoção do filme aqui no CineOrna em parceria com o IMAX Palladium (AQUI).

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