Mais uma continuação de um dos filmes mais icônicos dos anos 80, “O Predador“, vem com um ar de ser mais só mais um filme para explorar a franquia, trazendo um elemento a parte, coisa que vimos já no trailer. Mas se é bom, se é ruim ou se agrega algo novo, veremos em seguida.

O longa começa com uma nave de um predador chegando a terra. Ao cair em uma determinada região, o alienígena se depara com um grupo de soldados executando um trabalho. E apenas um deles sobrevive para contar a história. O governo já está ciente da presença da criatura, e não só agora, mas a anos já. O filme faz menção ao fato deles estarem na terra desde 87,97, datas dos primeiros filmes da franquia. E como qualquer longa de aliens, eles capturam esse predador que chegou recentemente a terra, com o propósito de estudá-lo. Para isso chamam um bióloga muito competente em sua área, Dr. Casey Brackett (Olivia Munn). Mas algo dá errado e a criatura foge, não sem antes matar alguma pessoas, claro.

Aquele soldado sobrevivente, o qual o governo não quer que saiba dessas informações está sendo levado (sabe-se lá aonde), pois o longa só joga isso no ar, mas ele está na instalação aonde o mesmo predador fugiu. Nisso ele e mais alguns outros soldados psicologicamente desequilibrados tentam capturar o monstro. A questão é que também, o soldado que fugiu, Queen Mckenna (Boyd Holbrook) ao descobrir a nave do alien, enviou algumas provas para sua casa, e lá seu filho, Rory (Jacob Tremblay) descobre acidentalmente (ou não) como ativar o equipamento de rastreio e navegação. Essa descrição foi muito explicativa? Pois bem, esse é o filme do predador, absurdamente auto explicativo.

O longa se propõe a ser uma cópia oitentista de longas daquela época que explicavam tudo, mas sempre com diálogos horríveis. Naquela época era um ok, mas hoje já se torna algo absurdamente enfadonho, pois ao fazer isso, automaticamente você insulta o telespectador. O longa infelizmente é bagunçado, não se amarra, tem cenas deploráveis de humor desnecessário e vários personagens sem carisma e química. Alguns já devem  saber que um ator em questão desse filme é um pedófilo confirmado, assim que sem saber disso, o diretor Shane Black, gravou várias cenas com o mesmo que foram cortadas do filme. Então há muitas cenas de corte errados que deixam o filme confuso. Isso seguido de um roteiro fraco que não te prende. E pior, te dá desculpas esfarrapadas para solucionar um tema em questão.

O filho já mencionado do protagonista, é autista. Mas o longa o trata como um ser absurdamente inteligente, a ponto de decifrar tecnologia alienígena. Sendo que cientistas treinados e capacitados não conseguiram. A ideia em si de ser um filme de terror acaba se tornando um filme de comédia. A ideia do mega-predador é boa, mas é usada com um CGI fraco e mal aproveitado. Aqui o inverso ocorre, o predador é caçado com cenas absurdas de se ver. A trilha sonora se propõe a ser uma bagunça épica, lembrando “Jurassic Park“. Em resumo, esse longa é disparado o pior de toda a franquia, e um dos piores filmes do ano. Sendo dirigido por um diretor que não se mostrou capaz de absorver a essência do longa original e adaptar aos dias de hoje. Infelizmente decepciona muito. Acredito que está mais que apto a concorrer a Framboesa de Ouro, dado a ‘qualidade’ do longa. É sem dúvida, um longa que criará mais decepções que elogios.


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