Se tem uma animação que ganhou o público em geral nos dias de hoje e segue sendo uma trilogia de ótima qualidade é esta. Como Treinar o seu Dragão se mostrou muito original ao juntar uma vila cheia de Vikings aonde o maior objetivo deles é matar Dragões, e somando a uma boa dublagem, um enredo bacana e principalmente, personagens cativantes (Banguela), temos uma animação digna de elogios e prêmios. Sem dúvida, já quero deixar logo de cara meus mais sinceros elogios a esta belíssima animação.

O primeiro filme é muito bom, cativou horrores o público adulto e as crianças também, o segundo manteve a boa qualidade, com um amadurecimento do personagem Soluço (Jay Baruchel), e este terceiro veio para encerrar a trilogia com chave de ouro. Este filme dublado é muito bom, pois não se apega a frases prontas de humor barato, ele flui de maneira natural e engraçada. O enredo não é novidade a princípio, pois o que podemos ver pelos trailers é que temos uma protagonista feminina, que nada mais é que o par romântico do Banguela. A história se desenvolve de maneira natural e tranquila. Segue seu tempo e te cativa de maneira bem suave, sem acelerar demais nem frear sem necessidade.

O longa conta com uns pequenos adendos novos, como Dragões nunca visto antes, novos vilões, e aqui deixo o meu elogio ao novo vilão principal que acaba se mostrando extremamente perigoso, mas ao mesmo tempo engraçado e ‘racional’, e seguido de uma dublador muito conhecido pelo público brasileiro, só aumenta a carisma do personagem. O enredo se basa no fato de que muitos caçadores querem acabar com todos os dragões que existem, mas Soluço ao lado de seus amigos não permitirão, e ao lado do Alfa dos dragões, eles tem um bom exército para lutar contra esses vilões que mesclam ameça com comédia.

Banguela acaba sendo mais protagonista neste longa do que o próprio Soluço, já que o desenvolvimento do longa todo é basado nele e sua relação com a nova parceira, na importância que ele tem para os demais dragões e no direito de ter sua vida sem amarras, já que é uma criatura selvagem. E maneira como o filme trabalha isso é belíssima, como um pai que cuida de seu filho sem querer largá-lo, mesmo sabendo que o filho precisa ter seu espaço. Este longa é uma ‘aula’ da vida, pois nos ensina ou nos faz relembrar de vários fatos muito importantes, como por exemplo, estes mencionados anteriormente, como largar as amarras dos filhos, deixar eles terem suas vidas, saber abrir mão das coisas, se entregar a novos amores, abraçar responsabilidades e entender que o amor verdadeiro, acaba doendo, e muito.

Durante todo o correr do longa, você percebe que o diretor Dean DeBlois fez um excelentíssimo trabalho criando o melhor filme da trilogia ao meu ver. Contendo cenas fofas, alegres, de ação, tristeza e carisma sem fim. Um dos melhores filmes que você poderá ver esse ano, altamente recomendado e que encerra a trilogia de maneira linda, sincera e verdadeira. A cereja no bolo são as duas cenas finais, a primeira sendo de fazer qualquer um chorar e sentir um aperto no coração, já a segunda com uma conclusão de que nem sempre o fim é aquilo que acreditamos ser, nos dando esperança de que as coisas mudam com o passar no tempo, e para melhor.


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