Bates Motel” – Segundo episódio: “The Convergence of the Twain

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Bates Motel” volta, e pelo que podemos ver, volta com muita qualidade, mistérios e revelações

Filhinho de Mamãe

Com uma estreia eletrizante “Bates Motel” volta mais uma vez a sua última temporada com um segundo episódio revelador e assustador.

CineOrna | "Bates Motel"

Com a revelação de que Romero tentou, por meio de um sicário, assassinar Norman, o jovem vai a prisão confrontá-lo para que possa ter respostas sobre os motivos para que ele tomasse essa decisão. Mas, ao conversar com o policial Norman recebe nada menos que muitas ameaças, ele irá “acabar” com Norman quando sair da prisão. Como sua pena é de dois anos, ele precisa fazer algo para que ela possa ser diminuída, é nesse momento em que ele acaba em uma briga com um dos detentos, e tem seu rosto praticamente desfigurado por conta das agressões, o que segundo seu advogado facilitará uma transferência ou até uma condicional. Dentro da história de Alex é possível ver a clássica história de vingança com as próprias mãos, Norman matou o amor de sua vida, e agora ele será capaz de fazer tudo para que ele pague pelos seus atos, basta esperar para ver o desfecho dessa história que não acabará nada feliz.

CineOrna | "Bates Motel"

É possível ver como o filme “Psicose” reflete no roteiro de “Bates Motel“, todas as convicções e decisões impostas em 1960 pelo brilhante roteiro de Joseph Stephano aqui são recriadas e homenageadas, os diálogos da série não existem por acaso, eles são um produto de um estudo profundo e complexo de todas as falas do filme que originou essa série. “O melhor amigo de um homem é a sua mãe”, é com base nessa frase do filme que se baseia toda essa temporada, toda a “amizade” obsessiva entre Norma e Norman mostra como a condição atual do jovem foi criada pela pressão da mãe, que desde pequeno protegeu o filho de tudo e todos por medo, medo de seu marido, medo que qualquer ameça pudesse causar infelicidade. Uma pressão tão grande que foi criada na cabeça do rapaz, uma forma da mãe estar sempre presente em sua vida, que até depois de morta a mãe continua a controlar a vida do filho de forma exagerada. Que até quando comete atos que sejam imorais, quem os comete é a mãe, mesmo que seja Norman encarnando ela, ela protege seu filho e não deixa que ele cometa esses tipos de ações.

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Ao encontrar com Madeleine em um café, Norman recebe um convite para um encontro duplo, ela levaria uma amiga para que acompanhasse ele, e ela iria com seu marido, Sam Loomis, também conhecido por Norman como David Davidson, homem que se hospedou no hotel noites antes a esse encontro com outra mulher. Com medo que seu segredo seja revelado, Sam ameça Norman caso ele fale qualquer coisa a sua esposa, recebendo um sinal que manterá o seguro o segredo. Durante o jantar os dois casais se veem presos a uma conversa banal e maçante, até o momento em que o assunto Norma Bates é jogado na mesa, um assunto que mexe muito com Norman, que precisa de um momento sozinho para pensar sobre isso. Ele vai ao banheiro e encontra sua mãe o esperando, preparada para dar uma bronca ao filho, ela questiona sobre o verdadeiro amor dele por ela, se ele realmente existe, uma forma clara de Norman se punir por estar com outras mulheres e não com aquela que sempre o protegeu e amou, Norma sempre será a mulher de sua vida, a única.

São esses traços de personalidade que mostram o estudo dos roteiristas, como as relações são extremamente trabalhadas, como a doença de Norman é bem escrita, ela é sútil mas se revela pior do que parece quando o jovem realmente acredita na presença de sua mãe no banheiro, quando ele ainda acredita que ela está viva e morando com ele, um grande roteiro. E sem falar é claro nos atores que trabalham com esse grande texto, Vera Farmiga e Freddie Highmore são incríveis juntos, a química entre eles é estranhamente ótima, os olhares, as sensações e os sentimentos são

O encontro acaba de modo entediante, levando Norman ao bar onde por um momento ele se torna Norma, que cansada de sua vida, de seu constante trabalho de criar um filho com constantes problemas mentais, precisa de um drink. Ao sentar no bar Norman começa uma conversa com o barman, e nos é mostrado que quem está ali é Norma, que divaga e confessa ao homem seu cansaço de sua vida atual. Uma grande cena, que com um brilhante jogo de câmeras, mostrou os dois lados da personalidade desse distorcido e doente homem, as atuações de Freddie e Vera novamente foram além de sensacionais.

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Após sair da casa de Dylan, Caleb volta a White Pine Bay, ele vai à casa da irmã e ao bater à porta e tocar a campainha não ouve ninguém, ele estranha, então invade a casa, pois sabe da morte da irmã, ele entra segue para o porão onde encontra dentro do freezer o corpo de Norma sentado e vestido, como se estivesse viva. Antes que ele pudesse agir de qualquer maneira, Norma o atinge com uma pedra, deixando ele inconsciente, quando olha para trás ele descobre que Chick também está na casa, e Norman com vestido e peruca loira revela ao homem que ela está viva, ao contrário do que todos acham. Com essa doente situação se encerra o episódio com um tom de terror nunca exposto na série, nunca Norman foi tão fundo quando estava sendo Norma, ele atingiu mais um nível de profundidade em relação a sua doença.

Mais um grande episódio que preenche essa temporada final com momentos gloriosos e que faz jus a essa série que sempre teve muita qualidade e que chega a seu final após cinco ótimas temporadas. Roteiro e atuação merecem o destaque dessa vez, pois brilharam como nunca.

CineOrna | "Bates Motel"

9/10: Ótimo

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