Estrelado por Armie Hammer e Johnny Depp, “O Cavaleiro Solitário” é baseado em uma série televisiva americana de mesmo nome, grande sucesso dos anos 1950.  A trama se passa no século XIX e traz um justiceiro mascarado no velho-oeste americano. Na mais nova produção da Disney, porém, a história é contada pelo ponto de vista do índio Tonto, quem acompanha a criação do Cavaleiro e serve como seu mentor em suas primeiras aventuras.
 

John Reid (Armie Hammer) acaba de se tornar advogado e retornar a sua cidade natal, onde reencontra seu irmão, seu amor secreto em forma de cunhada e seu sobrinho. Sem ao menos ter tempo para comemorações, o terrível assassino Butch Cavendish (William Fichtner), que possui a fama de comer carne humana, faz uma emboscada que termina na morte de seu irmão. Por ser o único sobrevivente da emboscada, o índio Tonto acredita que John seja o escolhido por um mensageiro espiritual, fazendo com que ele repense sobre os métodos de justiça que irá seguir dali em diante.

O diretor Gore Verbinski e o produtor Jerry Bruckheimer são os mesmos de “Piratas do Caribe” e, por conta disso ou apenas do sucesso de público e bilheteria que a saga de piratas representou para o estúdio, as semelhanças entre os dois filmes são bastante evidentes. Da trilha sonora ao gênero, uma mistura de comédia e ação que busca prender à telona principalmente os espectadores na faixa infanto-juvenil. Não à toa o ator Johnny Depp, o maior responsável pelo sucesso da franquia caribenha, divide o posto de protagonista com o relativamente novato e super carismático Armie Hammer. A relação entre seus personagens também lembra bastante a de Will e Capitão Jack. Enquanto John é o moço humilde que se recusa a aceitar seu destino e a missão que está a sua frente, Tonto é o homem mais experiente e um tanto maluco que o acompanha na jornada.

 

 

Como toda super produção da Disney,  “O Cavaleiro Solitário”  apresenta uma direção de arte excelente, com figurinos e cenários impecáveis e uma maquiagem que se destaca ainda mais na versão mais velha de Tonto, quando este narra a história. O roteiro, porém, não é dos mais elaborados e seus personagens, apesar de se esforçarem para ser simpáticos, não possuem características suficientes para conquistar a identificação do público.