O velho ditado de não julgar um livro pela capa pode ser aplicado ao falar sobre o novo filme Original Netflix. “A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata” é um dos filmes com o título mais longo e diferente já feitos pelo programa de streaming. Mas não o julgue pelo nome estranho. Por trás disso existe uma história muito boa, contada de forma realmente bonita esteticamente.

O filme é baseado no livro de mesmo nome, escrito por Mary Ann Shaffer e Annie Barrows, lançado em 2008. A história se passa em 1946, no pós-guerra e acompanha a jovem Juliet (Lily James) em sua jornada de auto-descoberta num mundo que está aprendendo a viver sem os horrores da guerra. Juliet é escritora e se tornou famosa por escrever um comédia sobre um personagem que não se dava muito bem tentando lutar na guerra. Mas seu amor é escrever histórias sobre pessoas, o que nunca foi um grande sucesso. Porém, ao descobrir uma Sociedade Literária com um nome muito diferente e uma história ainda mais peculiar, ela resolve visitar a Ilha de Guersey, para entender melhor as pessoas que fazem parte dessa história.

Como um bom romance, “A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata” nos traz dois possíveis amores para Juliet. O primeiro deles é Mark Renolds (Glen Powell), que trabalha para o governo americano em terras britânicas e é o futuro noivo de Juliet. Mas em Guersey ela conhece Dawsey (Michiel Huisman), que foi a pessoa que lhe apresentou a sociedade e com quem ela compartilha um amor pelos livros.

Porém, mais importante do que o romance envolvendo o trio, o filme foca muito em como as pessoas superam as adversidades e o luto quando estão reunidas, para então, encontrar um propósito em suas vidas. Juliet vai a Guersey para escrever sobre a sociedade literária, mas lá encontra uma história  sobre pessoas, sobre encontrar normalidade em suas vidas devastadas pela guerra, pelas perdas e, principalmente, pelos arrependimentos.

O que torna esse filme bonito é forma com que tudo isso é contado. São falas leves, um tom calmo e caloroso em momentos divertidos e cômicos, mas também com pesar e luto quando é necessário. Isso fica ainda mais evidente pelo trabalho de fotografia e figurino. O trabalho de Zac Nicholson na fotografia e de Charlotte Walter no figurino ornou perfeitamente com a história e conseguiu transmitir sentimentos e emoções por meio dessas linguagens cinematográficas.

A forma com que essa história fala sobre os horrores da guerra é muito diferente de vários filmes que abordam o assunto. E por isso mesmo, se torna mais humano, pois lida com os sentimentos das pessoas. São conflitos internos, que devemos aceitar e trabalhar individualmente. Mas o filme também mostra que, se você tiver pessoas com quem possa contar, esses desafios se tornam menos difíceis.

O filme ainda conta com um elenco incrível, completo por Tom Courtenay, Katherine Parkinson, Jessica Brown Findlay, Matthew Goode e Penelope Wilton. Sendo os três últimos, parte do elenco da série “Downton Abbey”, junto com Lily James. A sintonia dos atores fez esse filme se tornar ainda mais especial.

Com certeza, “A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata” é um dos melhores filmes já lançados pelo Netflix.

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