Filmes de época normalmente são 8 ou 80, pois muitos odeiam e outros amam. Pessoalmente eu gosto bastante desse gênero de filme, pois ele nos ensina uma vivência totalmente diferente dos dias atuais, aonde a aristocracia era vigente. Somente as pessoas mais ricas poderiam governar, e os plebeus estavam fadados a servirem como pessoas sem a mínima importância. Roupas e maquiagem levadas a outro nível de ostentação e a decoração arquitetônica era belíssima.

Esse filme logo de primeira vista vemos um longa propenso a grandes premiações, ele deixa isso muito claro logo de início. A história se desenvolve mostrando a vida da Rainha Ana (Olivia Colman), uma mulher governa sozinha com muita inocência, conhecimento nulo de política e sem preparo para gerir pessoas ou os acontecimentos que ocorrem durante sua época, um período de guerra. A sua ‘mão direita’ por assim dizer, fica a cargo da Duquesa de Marlborough (Rachel Weisz), que aconselha a rainha em muitos aspetos, acaba impondo sua opinião e vontade por meio da inocência da rainha, sendo também a amante da mesma. É sua conselheira e confidente e, como mostra duranteo filme, ela não deixa de ser a babá da rainha, pois essa se mostra absurdamente infantil, aonde suas vontades devem ser feitas do seu jeito.

Tudo isso acaba sendo ameaçado por uma personagem que aparece na vida das duas. Se trata da prima da Duquesa, Abigail (Emma Stone). No princípio começa como uma serviçal, mas no decorrer do longa se mostra muito astuta, manipuladora e ambiciosa. Começa galgando, ganhando a confiança de todos, até chegar na rainha. E a partir daí, segue uma ríspida relação entre a Duquesa e a serviçal. Um jogo de poder aonde os mais inteligentes conseguem o que querem e somente a nobreza em si não se sustenta sem saber viver essa vida. Aonde jogos de interesse, traição, ambição são vistos como algo ‘normal’ e frequente. Pois a ideia de mudar completamente sua vida é muito chamativa. Largar a vida de um reles plebeu e se transformar em um nobre é um baita convite. Uma época aonde ser mulher era uma tragédia emocional, ou era escrava, serviçal ou  na melhor das hipóteses, se casava com algum homem que a respeitasse e viveria sua vida assim.

Este longa conta com ótimo elenco e excelentes atuações, um exemplo é de Nicholas Hoult. Mas os elogios com toda certeza vão para Rachel Weisz, para a talentosíssima Emma Stone, que faz um papel excelente, uma atriz completa que sempre surpreende. Mas a favorita, sem dúvidas vai para a protagonista Olivia Colman, ela interpreta de uma maneira absurda, aonde vemos vários traços de personalidade dela durante todo o longa. Vai de uma mulher cheia de paixão a uma criança birrenta. Sua atuação dramática é impressionante. O filme se destaca como um drama, mas eu consideraria uma dramédia, pois o humor é muito presente. O longa possui muita parte arrastadas mas a história te prende até o clímax final, aonde ao meu ver, temos um final bem sem sal, dando a entender que aquela vida, aos nossos olhos mais parece uma novela do que a vida real.

A Favorita” é um belo filme, aonde as atuações são dignas de elogios e prêmios. A estética é impressionante, a arquitetura é belíssima e o enredo é muito bom. É um filme para premiações que salpicam o gosto dos grandes críticos, mas pode ser que ao público geral não agrade muito pelo seu ritmo mais lento. Entretanto, é um filme para se ver, isso sem dúvidas.

Não deixe de conferir as novidades do CineOrna através das nossas redes sociais:

Facebook | Twitter | Filmow | G+ | Instagram | Tumblr | Pinterest | YouTube